Em minha última visita a lua
essa enorme bola cinzenta
Que rouba o brilho do sol
Para encandecer a noite.
Deixei lá um bilhete dobrado
Contando todos os meus pecados
Que pequei por tua conta
Inesperado não arcar com o preço
O sofrimento pós calor intenso
De dois corpos que queimam em brasa
No silêncio da sala da casa branca
Na varanda, a Lua como testemunha
Cobrou-me com juros e correção
Das vezes que terrivelmente troquei a mim
Pelos pecados de seus desejos e suas vontades.
Jamais volto a me negar o âmago da vida, a essência em sí.
Antes vivo no mundo da lua
Do que presa aos teus pés.
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