Há choro reprimido em todo meu corpo.
Não lembro da última vez que me permiti chorar.
Me apresento como sou, mas me recubro de uma capa que entrega uma fortaleza.
Há dias me sinto cansada e quero ser apenas ruínas.
O pó da terra que aguarda a chuva molhar.
Na esperança da primavera ser a única estação.
Vou me sentar e permitir desmoronar enquanto você aplaude.
Pela primeira vez não vou resistir e da fraqueza farei bom descanso, deixando ao chão o peso que é ser forte.
Aguardarei que pela primeira vez alguém sinta genuinamente vontade de vir até mim, pois não há mais nada aqui além do ser humano em si, despedido de qualquer blindagem.
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