Me moldei a um personagem que não gosto do papel.
Andei me exibindo como se fosse assim, perfeita.
Convenhamos, uma crueldade comigo mesma.
Qual a lógica? Que maldito é o amor.
Logo eu tão cheia de defeitos, incertezas e medo.
Mas tão cheia de felicidade, de vontades e de vida.
Sempre encaro tudo com medo, mas encaro.
Que confuso ser eu, mas também que raro ser eu.
Me cansa. Me dói. Me mata.
Uma hora encontram um corpo na sala.
Uma taça de vinho e a garrafa vazia.
De quem se deixou matar pela opinião alheia.
Você é você e essa é a sua dádiva.
Eu sou eu e esse é o meu pecado.
Fardo que vou carregar até o caixão.
E o preço é o esquecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário