Viver o processo de uma perda é doloroso.
Encarar uma rotina que a tempos não se vivia é como morrer e viver inúmeras vezes por dia.
A sensação de estar vivo se acinzenta quando a rotina colorida vivida com a pessoa que foi embora deixa de existir.
Você pensa, chora, não tem foco, faz tudo no automático. E se tortura pela falta do outro e esquece de si.
É cruel, eu sei.
É o luto da partida de quem não morreu, mas escolheu tomar um caminho diferente do seu.
E as escolhas, meu caro, incluem partidas não esperadas que nos pegam desprevenidos.
As vezes percebemos os sinais, mas o apego e a conveniência, e eu diria que até a falta de amor próprio nos encobrem os olhos e ficamos torcendo para que seja uma leve penumbra.
E que passe. Que tudo volte ao normal.
Mas o outro fez sua escolha.
E você precisa apenas lidar. Parece tão simples, e quisera eu de verdade que fosse.
Mas, você está vivo, tem as cores ao seu dispor para colorir a tela dos seus dias.
Você vive o luto e suporta o processo. Retoma a rotina e se dá todo esse amor que fora descartado.
Como o outro fez uma escolha. Você também pode fazer. (escolhas)
Que sejam todas ao seu favor.